Não adianta querer “tapar o sol com a peneira”, diz o dito popular. E não adianta querer desprezar que a digitalização está transformando todos os tipos de empresa – inclusive a sua.

Como CIO você tem 2 opções: continuar fazendo de conta que afinal, as coisas não têm mudado tanto assim – e continuar defendo sua área como ela é, ou assumir uma nova postura, analisando de fato as oportunidades que digitalização está trazendo e se preparando para mudanças organizacionais significativas.

No caso de Computação em Nuvem, não é suficiente assumir que “sim, é possível fazer projetos na nuvem”. Você sabe que o fato de admitir está bem longe do fato de efetivamente adotar soluções novas.

Tecnologias de negócios digitais são operações de negócios disruptivas, que mudam os negócios de formas que não foram anteriormente previstas. Os líderes de TI devem atuar como agentes de mudança, adaptando o seu pensamento, os seus métodos e as suas tecnologias de apoio para dar suporte às mudanças, de forma fluida. E tem que se converter em defensores da tecnologia digital.

transforme sua forma de pensarA questão maior, como já foi colocado em capítulos anteriores, é se seus concorrentes já estão adotando novas soluções, mais abrangentes, mais econômicas. E se a liderança de TI na sua empresa, por ter uma postura mais conservadora, que quer proteger a empresa e minimizar os riscos, está gerando um efeito oposto, deixando-a cada dia mais ameaçada.

O pessoal de TI que busca entender e conhecer como aplicar tecnologias para adicionar valor ao negócio da empresa é provavelmente o pessoal que vai sobreviver nos próximos anos, ou seja, continuará trabalhando nela.

O pessoal de “staff” contará essencialmente com pessoas mais especializadas em Processos de Negócios e que trabalhem continuamente para adicionar valor aos produtos da empresa. Por outro lado, a administração de dos provedores de serviços de computação em nuvem também requerem um elevado grau de conhecimento e experiência para saber aproveitar de maneira eficaz tudo o que é oferecido: essas pessoas serão muito valiosas para as áreas de TI. Já as pessoas de TI focalizadas essencialmente em construir e operar data centers normalmente não acompanharam todas as mudanças ocorridas nos últimos anos e – gradativamente – perderão seu valor de mercado.

Com a adoção de Cloud Computing, as pessoas de maior valor serão aquelas que ou são altamente especializadas e focalizadas em processos de negócio ou altamente especializadas nas novas tecnologias de TI. Se você está no time daqueles que dizem “nós sempre fizemos as coisas desse jeito por aqui” é bom tomar cuidado: mais do que nunca as empresas precisam de respostas ágeis em seus mercados e o que se fazia no passado – com sucesso – não é mais garantia de sucesso no futuro.

A profissão de TI como a conhecemos há décadas está morrendo.

 


O que os profissionais de TI não devem esquecer

  • A necessária Agilidade nos negócios implica em Agilidade na área de TI;
  • Computação em nuvem não é somente uma tecnologia: é parte de uma estratégia de negócios com uma arquitetura que tenha maior capacidade de respostas às mudanças de mercado;
  • Com a adoção de Computação em Nuvem, a área de TI pode ser focalizada para entregar vantagem competitiva de forma mais concentrada, mais do nunca foi possível.

Segundo o Gartner[1], 2014 foi o ano que marcou efetivamente a entrada dos negócios numa nova era, a era de negócios baseados em tecnologia digital. Diversas empresas estão transformando a si mesmas através de novas tecnologias digitais. E prevê que para a próxima década teremos profundas inovações causadas pela tecnologia digital que estarão presentes nas empresas líderes de mercado.

Informação e tecnologia começaram a ter um papel diferente para os negócios, que estarão menos centrados em eficiência e eficácia de processos internos e mais centradas em criar e operar novos produtos e serviços, baseados em novos modelos de negócio, que serão disruptivos, criando novas vantagens competitivas. Não se tratam mais de inovações sustentadoras pelo uso de tecnologias que simplesmente tornam um produto ou serviço um pouco melhor. São novas formas de uso, produtos e serviços com atributos e funcionalidades diferentes.

funcionalidades diferentes

wazeUm exemplo típico é o serviço Waze, para mobiles. Essencialmente é o Google Maps (que surgiu muito antes), mas oferece serviços muito mais inteligentes e que apoiam a vida das pessoas nas suas locomoções, indicando caminhos mais rápidos ou mais baratos, conforme o gosto do usuário. E tendo um conceito social, de “wazers”, usuários do sistema que ajudam a produzir informações como radares, polícia e problemas nas rodovias nas proximidades. O Google compareceu e pagou US$1.3 bilhões para ter o que já tinha, mas não sabia como gerar valor aos usuários em mobile. Você pode argumentar que esse é um serviço grátis, não pago, não gera receita, não é negócio. Em termos, é verdade: no ciclo da digitalização (figura acima), agora está na hora de monetizar a aplicação.

Nesta era de digitalização, a monetização não necessariamente vem da entrega do produto ou serviço que você produz. Você não vende a aplicação, mas a aplicação gera informações que você pode vender. Por exemplo, o Waze nos USA coloca propagandas de marcas como “Wells Fargo” e “Dunkin´ Donuts” nos mapas de navegação. Marcas como essa tem experimentado um aumento médio de 53% nas visitas aos seus pontos de venda[2]. O usuário é gerador de informações que são vendidas. O usuário é, nesse sentido, um dos componentes de matéria-prima do produto que é efetivamente vendido. Isso seria inimaginável há alguns anos atrás.

Os dados fornecidos por mais de 50 milhões de usuários (outubro de 2014) permitem gerar informações valiosas que são comercializadas para outras empresas, que fazem anúncios de vários tipos: “Branded Pin” (mostrado na imagem anterior), Zero-Speed Takeover (nos locais onde você para) e “Nearby Arrow” (próximos aos locais onde para ou está engarrafado no trânsito). Seu benefício: em média economizar 5 minutos do seu tempo, por dia. Os usuários economizam 250 milhões de minutos por dia (isso mesmo, 5 séculos por dia).

[1] Artigo Gartner: Gartner Says Cloud Is a Viable Option, But Not a Top Consideration for Many CIOs

http://www.gartner.com/newsroom/id/3002717

[2] Brands on Waze see average 53pc increase in traffic to locations http://www.mobilemarketer.com/cms/news/advertising/20085.html


 

Tecnologias de Negócios Digitais estão mudando a natureza da mudança

Os líderes de TI têm sido desafiados a manterem-se em dia com as mudanças que ocorrem nos seus negócios de suas empresas. Negócios digitais (ou a digitalização de negócios tradicionais, como os conhecemos, através de sua transformação “digital”) estão agravando e intensificando esta situação. Temos convivido com disrupções ocasionais ao longo de décadas em tudo, desde a forma como colaboramos, até a forma como os produtos e serviços são entregues, para os mercados dos quais dependemos. No entanto, a ruptura causada pelos negócios digitais tornou-se algo diferente: sem escalas, imprevisível e que, como praga, se espalha por toda parte.

A questão da liderança na era dos negócios digitais

A era dos negócios digitais desafia os líderes de TI a reverem seu papel e sua forma de agir. Melhorar o desempenho de TI de forma incremental não é uma condição suficiente para aproveitar as oportunidades digitais. É preciso virar a chave do velho para o novo, em termos de informação, liderança em tecnologia e liderança de pessoas.

As forças dos vetores de transformação (mobile, interação em redes sociais, tecnologia de nuvem, informação abundante, Internet das Coisas, maquinas pensantes, robótica…) estão presentes. Não são mais uma questão de futuro. A mudança do perfil de liderança passa também pela implantação de uma cultura de experimentação, que promova a inovação e a implantação de novas tecnologias.

O maior obstáculo para que isso ocorra é devido ao fato de que parte significativa dos CIOs está presa pensando no agora, ao invés de estar pensando no (segundo o Gartner[1], 84% por cento dos CIOs pesquisados ​​focado nos próximos três anos ou mais cedo).

Novas iniciativas na área de negócios digitais exigirão de TI talento, liderança e habilidades de integração. Líderes das áreas de infraestrutura e operações terão que encontrar formas de ajudar não apenas o CIO, mas toda a equipe de TI, gastando menos tempo nas tarefas de execução do negócio e mais tempo pesquisando oportunidades para crescer – idealmente, ajudando a literalmente transformar o negócio. Substituir “controle” por “visão”. Não é uma tarefa simples e nem fácil.

Por outro lado, os CIOs têm aí uma oportunidade única para desempenhar um papel de liderança digital forte na transformação de seus negócios.

É necessário empenho e foco do CIO, além do apoio do CEO e dos pares de todas as áreas.

Para aqueles que tiverem sucesso, o prêmio não poderia ser maior: participação e colaboração efetiva no processo decisório, aliadas a estabilidade no trabalho.

[1] “Flipping to Digital Leadership: The 2015 CIO Agenda”

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Computação em Nuvem para Gestores e Empreendedores

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