Qual deve ser o papel do seu CIO?

Qual deve ser o papel do seu CIO?

Quando questionados sobre esse alinhamento de estratégias e os impactos efetivos nos resultados, muitas empresas simplesmente dizem “Nós não sabemos…”[1]. Isso ocorre porque decisões de tecnologia muitas vezes são feitas com pouca compreensão de como cada investimento irá contribuir para o negócio ir para a frente. Se você como CEO enxerga a área de TI mais como um centro de custo – com despesas que devem geridas – dificilmente vai analisar os investimentos realizados com base no impacto que podem produzir nos resultados “bottom-line”, bem como no grau de ajuda para a empresa atingir seus objetivos.

Em muitas empresas, o papel do CIO evoluiu ao longo dos anos, talvez mais do que quase qualquer outro cargo executivo. No passado, os CIOs ficavam tipicamente “à mercê” do resto da equipe de liderança. Seu papel era implementar a tecnologia que a liderança empresarial solicitava. Sua prioridade estava centrada em operações, tendo raramente (ou nunca) participação no desenvolvimento das estratégias. Hoje as tecnologias invadiram todos os meandros dos negócios. Todas áreas das empresas têm algum tipo de demanda por tecnologia. Com isso os orçamentos de TI cresceram muito, por mais que se quisesse controlar. Essas mudanças levaram os líderes empresariais para buscar (e exigir) lideranças com mais competência em tecnologia – além de consultores para ajudar nos processos de tomada de decisão.

Há ainda vários casos de CEOs que, mesmo reconhecendo a dependência da empresa em relação a tecnologia, ainda não incorporaram os CIOs nas suas reuniões de estratégia. O CIO perde visibilidade (e sensibilidade) do que de fato está ocorrendo nas demais áreas da empresa. Fica muito complicado, sem um lugar na mesa de planejamento estratégico, o CIO ter “insigths” que efetivamente irão dar suporte às iniciativas do negócio

Alternativas

Como CEO você pode argumentar que seu CIO não tem condições de participar das reuniões estratégicas. Isso é grave, especialmente se a dependência de tecnologia para viabilizar produtos e serviços esteja num nível muito elevado. Quando esse não é o caso, o melhor a ser feito é acrescentar uma cadeira na mesa de reuniões de planejamento e incorporar o CIO como participante.

Os CIOs geralmente não são intencionalmente excluídos das sessões de estratégia: as empresas é que se acostumaram a fazer as coisas de determinada maneira, caindo numa “zona de conforto”. Todo mundo – incluindo o CIO – está familiarizado com o velho jeito de fazer as coisas: a equipe de liderança martela uma estratégia e em seguida leva essa estratégia para o CIO e diz: “Faça funcionar”.

O envolvimento dos CIOs nas discussões de estratégia e sobre a direção do negócio se torna importante porque eles conhecem o que está vindo no horizonte, sabem que ferramentas e tecnologias os concorrentes andam adotando. Sabem o que está funcionando (e o que não está) no campo. A sua inclusão fornece informações valiosas para o resto da equipe de liderança e, ao mesmo tempo, garante que o CIO entenda para onde o negócio precisa evoluir e como cada peça do quebra-cabeça se encaixa. Esta compreensão abrangente incentiva a equipe de liderança a orçar adequadamente as propostas de TI que levam o negócio em direção aos seus objetivos.

Se em sua empresa há a percepção, por parte dos líderes, de que a empresa não está usufruindo o melhor de seus investimentos em tecnologia, isso evidencia um claro desalinhamento entre TI e a equipe de liderança. Ou se áreas como (especialmente) Marketing estão fazendo investimentos “ocultos”, com suas próprias verbas, viabilizando projeto próprios sem envolver TI.

Parcerias

Além do alinhamento interno, parcerias podem trazer rapidamente novas vantagens competitivas, preenchendo “gaps” de capacidades tecnológicas que a empresa tem. Especialmente na questão de custos (tangíveis e de perdas de oportunidade), parcerias ajudam a otimizar operações, acelerar entregas para os clientes, aumentar a qualidade (técnica e mercadológica) das ofertas – enfim, fazer sua empresa produzir e entregar de forma mais eficiente e eficaz.

Processos

Na verdade, sãos os processos existentes (de criação, de desenvolvimento, de venda, de produção e de entrega) que geram os custos. Se os processos não mudam, os custos não mudam (ao menos dentro de uma determinada escala de produção).

Dwight D. Eisenhower disse uma vez que é necessário não apenas fazer a coisa certa, mas fazê-la da maneira certa também (hoje acrescentaríamos no tempo certo, para atingir o mercado no tempo certo e não depois).

Se a empresa está de fato centrada no cliente, os processos podem ser analisados e revistos sob esta perspectiva, de fora-para-dentro. Entregando o produto certo, na hora certa, produzido da maneira certa. Produto “errado” não tem sucesso. Produto fora de época já abriu caminhos para a concorrência se instalar e vai ser difícil conquistar participação de mercado. Produto fabricado do jeito errado vai ter custos que diminuirão as margens e o retorno para os acionistas.

O que se deve buscar é excelência de processos, alinhados à estratégia de negócios, pensando no impacto e na importância que isso tem para os clientes finais. Se for possível obter feedback de como os clientes compram, consomem, usam e estão satisfeitos os produtos da empresa, isso permite refinar as técnicas mais comuns de segmentação de clientes, buscando mais clientes com características similares e promovendo o crescimento dos negócios.

Essa mesma informação pode ser usada para refinar processos que impactam essas percepções, balanceando os novos investimentos (na direção do que mais impacta a percepção dos clientes) e reduzindo custos, as vezes desnecessários, de processos que não tem a menor relevância para os clientes. Mais do que ‘’ouvir” os clientes (como se fazia em pesquisa tradicional) é preciso “aprender” através deles.

Já mencionamos que Steve Jobs uma vez afirmou: “ as pessoas não sabem o que elas querem – até que você mostre para elas”.

Em síntese, é o cliente, seu cliente, que deve inspirar a estratégia e todas ações decorrentes de sua empresa. Através de comportamentos, que geram aprendizagem, muito mais do que de dados que simplesmente refletem requisitos e frustrações.

[1] Are Your IT Strategy and Business Strategy Aligned? 5QPartners, janeiro 2015 – http://www.5qpartners.com/strategic-alignment/are-your-it-strategy-and-business-strategy-aligned/

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Computação em Nuvem para Gestores e Empreendedores

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Tecnologias Estratégicas

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Que tecnologias os CEOs pensam ser as mais estratégicas para facilitar a transformação digital de suas empresas e indústrias? Liderando a lista temos as tecnologias móveis que promovem o envolvimento dos clientes (81%), mineração e análise de dados (80%), segurança cibernética (78%), a Internet das Coisas (65%), processos de negócios “socialmente ativados” (61%) e computação em nuvem (60%). O mais interessante aqui é a inclusão da Internet das coisas, algo um pouco novo em cena como um chavão de negócios. Possivelmente os entrevistados tenham se referido ao que veem como seu potencial futuro ou ao valor que eles já existente de tecnologias estabelecidas, como RFID e comunicação máquina-a-máquina.

Tecnologias Estratégicas

O ritmo de transformação digital tem muito a ver com o retorno sobre o investimento que os CEOs e suas empresas obtiveram com tecnologias digitais já implantadas no passado. 86% afirmam ter uma visão clara de como as tecnologias digitais podem ajudar a alcançar vantagens competitivas que sejam chave para o sucesso dos investimentos digitais. 83% afirmam mesmo já ter um plano bem pensado – incluindo medidas concretas de sucesso – para os investimentos digitais.

A maioria dos CEOs pensa que as tecnologias digitais têm criado alto valor para suas organizações em áreas como a dados e análises de dados, experiência do cliente, confiança digital e capacidade de inovação. Surpreendentemente, no entanto, a maioria dos CEOs (82%) aponta a eficiência operacional como a área onde eles têm visto o melhor retorno sobre os investimentos e estão, mais do que nunca desde 2010, buscando o corte de custos operacionais.

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Novos Desafios Para O Pessoal De Tecnologia De Informação

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Não adianta querer “tapar o sol com a peneira”, diz o dito popular. E não adianta querer desprezar que a digitalização está transformando todos os tipos de empresa – inclusive a sua.

Como CIO você tem 2 opções: continuar fazendo de conta que afinal, as coisas não têm mudado tanto assim – e continuar defendo sua área como ela é, ou assumir uma nova postura, analisando de fato as oportunidades que digitalização está trazendo e se preparando para mudanças organizacionais significativas.

No caso de Computação em Nuvem, não é suficiente assumir que “sim, é possível fazer projetos na nuvem”. Você sabe que o fato de admitir está bem longe do fato de efetivamente adotar soluções novas.

Tecnologias de negócios digitais são operações de negócios disruptivas, que mudam os negócios de formas que não foram anteriormente previstas. Os líderes de TI devem atuar como agentes de mudança, adaptando o seu pensamento, os seus métodos e as suas tecnologias de apoio para dar suporte às mudanças, de forma fluida. E tem que se converter em defensores da tecnologia digital.

transforme sua forma de pensarA questão maior, como já foi colocado em capítulos anteriores, é se seus concorrentes já estão adotando novas soluções, mais abrangentes, mais econômicas. E se a liderança de TI na sua empresa, por ter uma postura mais conservadora, que quer proteger a empresa e minimizar os riscos, está gerando um efeito oposto, deixando-a cada dia mais ameaçada.

O pessoal de TI que busca entender e conhecer como aplicar tecnologias para adicionar valor ao negócio da empresa é provavelmente o pessoal que vai sobreviver nos próximos anos, ou seja, continuará trabalhando nela.

O pessoal de “staff” contará essencialmente com pessoas mais especializadas em Processos de Negócios e que trabalhem continuamente para adicionar valor aos produtos da empresa. Por outro lado, a administração de dos provedores de serviços de computação em nuvem também requerem um elevado grau de conhecimento e experiência para saber aproveitar de maneira eficaz tudo o que é oferecido: essas pessoas serão muito valiosas para as áreas de TI. Já as pessoas de TI focalizadas essencialmente em construir e operar data centers normalmente não acompanharam todas as mudanças ocorridas nos últimos anos e – gradativamente – perderão seu valor de mercado.

Com a adoção de Cloud Computing, as pessoas de maior valor serão aquelas que ou são altamente especializadas e focalizadas em processos de negócio ou altamente especializadas nas novas tecnologias de TI. Se você está no time daqueles que dizem “nós sempre fizemos as coisas desse jeito por aqui” é bom tomar cuidado: mais do que nunca as empresas precisam de respostas ágeis em seus mercados e o que se fazia no passado – com sucesso – não é mais garantia de sucesso no futuro.

A profissão de TI como a conhecemos há décadas está morrendo.

 


O que os profissionais de TI não devem esquecer

  • A necessária Agilidade nos negócios implica em Agilidade na área de TI;
  • Computação em nuvem não é somente uma tecnologia: é parte de uma estratégia de negócios com uma arquitetura que tenha maior capacidade de respostas às mudanças de mercado;
  • Com a adoção de Computação em Nuvem, a área de TI pode ser focalizada para entregar vantagem competitiva de forma mais concentrada, mais do nunca foi possível.

Segundo o Gartner[1], 2014 foi o ano que marcou efetivamente a entrada dos negócios numa nova era, a era de negócios baseados em tecnologia digital. Diversas empresas estão transformando a si mesmas através de novas tecnologias digitais. E prevê que para a próxima década teremos profundas inovações causadas pela tecnologia digital que estarão presentes nas empresas líderes de mercado.

Informação e tecnologia começaram a ter um papel diferente para os negócios, que estarão menos centrados em eficiência e eficácia de processos internos e mais centradas em criar e operar novos produtos e serviços, baseados em novos modelos de negócio, que serão disruptivos, criando novas vantagens competitivas. Não se tratam mais de inovações sustentadoras pelo uso de tecnologias que simplesmente tornam um produto ou serviço um pouco melhor. São novas formas de uso, produtos e serviços com atributos e funcionalidades diferentes.

funcionalidades diferentes

wazeUm exemplo típico é o serviço Waze, para mobiles. Essencialmente é o Google Maps (que surgiu muito antes), mas oferece serviços muito mais inteligentes e que apoiam a vida das pessoas nas suas locomoções, indicando caminhos mais rápidos ou mais baratos, conforme o gosto do usuário. E tendo um conceito social, de “wazers”, usuários do sistema que ajudam a produzir informações como radares, polícia e problemas nas rodovias nas proximidades. O Google compareceu e pagou US$1.3 bilhões para ter o que já tinha, mas não sabia como gerar valor aos usuários em mobile. Você pode argumentar que esse é um serviço grátis, não pago, não gera receita, não é negócio. Em termos, é verdade: no ciclo da digitalização (figura acima), agora está na hora de monetizar a aplicação.

Nesta era de digitalização, a monetização não necessariamente vem da entrega do produto ou serviço que você produz. Você não vende a aplicação, mas a aplicação gera informações que você pode vender. Por exemplo, o Waze nos USA coloca propagandas de marcas como “Wells Fargo” e “Dunkin´ Donuts” nos mapas de navegação. Marcas como essa tem experimentado um aumento médio de 53% nas visitas aos seus pontos de venda[2]. O usuário é gerador de informações que são vendidas. O usuário é, nesse sentido, um dos componentes de matéria-prima do produto que é efetivamente vendido. Isso seria inimaginável há alguns anos atrás.

Os dados fornecidos por mais de 50 milhões de usuários (outubro de 2014) permitem gerar informações valiosas que são comercializadas para outras empresas, que fazem anúncios de vários tipos: “Branded Pin” (mostrado na imagem anterior), Zero-Speed Takeover (nos locais onde você para) e “Nearby Arrow” (próximos aos locais onde para ou está engarrafado no trânsito). Seu benefício: em média economizar 5 minutos do seu tempo, por dia. Os usuários economizam 250 milhões de minutos por dia (isso mesmo, 5 séculos por dia).

[1] Artigo Gartner: Gartner Says Cloud Is a Viable Option, But Not a Top Consideration for Many CIOs

http://www.gartner.com/newsroom/id/3002717

[2] Brands on Waze see average 53pc increase in traffic to locations http://www.mobilemarketer.com/cms/news/advertising/20085.html


 

Tecnologias de Negócios Digitais estão mudando a natureza da mudança

Os líderes de TI têm sido desafiados a manterem-se em dia com as mudanças que ocorrem nos seus negócios de suas empresas. Negócios digitais (ou a digitalização de negócios tradicionais, como os conhecemos, através de sua transformação “digital”) estão agravando e intensificando esta situação. Temos convivido com disrupções ocasionais ao longo de décadas em tudo, desde a forma como colaboramos, até a forma como os produtos e serviços são entregues, para os mercados dos quais dependemos. No entanto, a ruptura causada pelos negócios digitais tornou-se algo diferente: sem escalas, imprevisível e que, como praga, se espalha por toda parte.

A questão da liderança na era dos negócios digitais

A era dos negócios digitais desafia os líderes de TI a reverem seu papel e sua forma de agir. Melhorar o desempenho de TI de forma incremental não é uma condição suficiente para aproveitar as oportunidades digitais. É preciso virar a chave do velho para o novo, em termos de informação, liderança em tecnologia e liderança de pessoas.

As forças dos vetores de transformação (mobile, interação em redes sociais, tecnologia de nuvem, informação abundante, Internet das Coisas, maquinas pensantes, robótica…) estão presentes. Não são mais uma questão de futuro. A mudança do perfil de liderança passa também pela implantação de uma cultura de experimentação, que promova a inovação e a implantação de novas tecnologias.

O maior obstáculo para que isso ocorra é devido ao fato de que parte significativa dos CIOs está presa pensando no agora, ao invés de estar pensando no (segundo o Gartner[1], 84% por cento dos CIOs pesquisados ​​focado nos próximos três anos ou mais cedo).

Novas iniciativas na área de negócios digitais exigirão de TI talento, liderança e habilidades de integração. Líderes das áreas de infraestrutura e operações terão que encontrar formas de ajudar não apenas o CIO, mas toda a equipe de TI, gastando menos tempo nas tarefas de execução do negócio e mais tempo pesquisando oportunidades para crescer – idealmente, ajudando a literalmente transformar o negócio. Substituir “controle” por “visão”. Não é uma tarefa simples e nem fácil.

Por outro lado, os CIOs têm aí uma oportunidade única para desempenhar um papel de liderança digital forte na transformação de seus negócios.

É necessário empenho e foco do CIO, além do apoio do CEO e dos pares de todas as áreas.

Para aqueles que tiverem sucesso, o prêmio não poderia ser maior: participação e colaboração efetiva no processo decisório, aliadas a estabilidade no trabalho.

[1] “Flipping to Digital Leadership: The 2015 CIO Agenda”

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Computação em Nuvem para Gestores e Empreendedores

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