COMO FUNCIONA A AVALIAÇÃO 360º GRAUS NO COACHING?

COMO FUNCIONA A AVALIAÇÃO 360º GRAUS NO COACHING?

O coacher pode utilizar essa poderosa ferramenta para obter visões da rede de relacionamento de seus coachees. Essas visões da rede (composta por gestor, pares, subordinados fornecedores, clientes, amigos, pessoal de networking e até parentes) , acerca de competências que precisam ser desenvolvidas e melhoradas, permitem dar um feedback muito mais preciso e rico para o coachee. O objetivo é mudar comportamentos, abrir novos caminhos e perspectivas,  e o feedback com base em diferentes visões enriquece todo o processo de coaching.

A avaliação 360 no coaching justamente ajuda a fazer isso, dando uma visão de todo tipo de pessoa (em 360 graus…) de todo tipo de pessoa com que o coachee mais se relaciona, que avaliam em que intensidade (ou com frequência)  os coachees apresentam comportamentos que são observáveis, que por sua vez caracterizam comportamentos essenciais, também chamados de competências desejadas. Daí a Avaliação 360 ser muitas vezes chamada simplesmente de Avaliação de Competências.

Quando utilizar a Avaliação 360º  Graus?

Se seu trabalho com coaching envolve o desenvolvimento de pessoas, a Avaliação 360º pode ser usada sempre. Alguns exemplos:

  • Desenvolvimento de Liderança;
  • Desenvolvimento de Empreendedores;
  • Gestão de Desenvolvimento a Carreira;
  • Preparo e planejamento de sucessão familiar;
  • Coaching Executivo;
  • Facilitação de Times de Trabalho;
  • Planejamento de Saída/Outplacement;
  • Melhoria do Relacionamento com pessoas-chave do staff… e por aí afora.

Quem afinal participa da Avaliação 360º  Graus?

O coacher identifica, de acordo com o objetivo de trabalho, quem deverá responder os questionários, de acordo com a rede de relacionamentos que mais impacta atingir as metas desse objetivo. Podem participar da rede de relacionamentos:

  • O Gestor direto (ou gestores), superiores com que mantém estrito relacionamento, ex-gestores. No caso de CEO ou Presidentes, podem ser os membros do Conselho;
  • Os Subordinados (em geral diretos) ou mesmo ex-subordinados;
  • Pares de trabalho (pessoas de mesmo nível hierárquico ou muito próximas, sem relação de subordinação ou chefia);
  • Fornecedores (externos ou mesmo internos à organização – neste caso, pessoas que fornecem serviços para o avaliado);
  • Clientes (externos ou mesmo internos da organização – neste caso, pessoas que se “servem” do trabalho do avaliado);
  • Amigos (que conheçam bem o avaliado profissional e ou pessoalmente);
  • Parentes (idem);
  • Pessoal de Networking (em geral, pessoas com que já trabalhou no passado ou mantém um relacionamento relativamente próximo).

O importante é selecionar pessoas que conheçam bem o avaliado e tenham condições de responder com qualidade à maioria das perguntas do questionário de avaliação, sem estar “chutando” respostas. Com exceção do gestor, o ideal é envolver pelo menos 3 pessoas de cada tipo de relacionamento, sempre que possível. Isso ajuda a preservar respostas individuais, pois o relatório apresenta médias por tipo de avaliador (por visão). Como o avaliado também responde o questionário (autoavaliação), é possível confrontar a visão que tem de si mesmo com a visão das pessoas de sua rede, identificando com clareza “GAPS” de percepção que precisam ser trabalhados nos processos de Coaching. Os “GAPS ” são lacunas mostrando como você se percebe versus a forma como os outros o percebem –  disponíveis logo após a conclusão da avaliação,

Como funciona a Avaliação 360º  Graus, na prática?

Antigamente, depois de escolhas as pessoas que vão responder o questionário, se mandava um Excel ou mesmo um Word com todas as perguntas do questionário. O Consultor precisava ficar supervisionando e cobrando os questionários respondidos e depois tabular todas as respostas de todos envolvidos. Um processo que consome tempo valioso (em geral não remunerado, porque é meio invisível para o cliente final), difícil de conferir (nem todos respondem a todas as perguntas) e sujeito a muitas falhas na tabulação final (por mais meticuloso que o Consultor seja).

Hoje isso é coisa do passado. Há sistemas como o Coaching 360 (se você é coacher ou tem uma consultoria de coaching cadastre-se),  da Clicks to Bricks, especializada em Avaliações 360º,  que permitem:

  • Acesso aos questionários de forma totalmente eletrônica, via WEB, que podem ser respondidos em qualquer tipo de dispositivo (celulares, tablets, lap-tops e desktops);
  • Monitoração completa de toda aplicação, com envio de e-mails de Convite e de lembrete para todos que tem avaliações ainda em aberto;
  • Tabulação on-line, automática, de todas avaliações completadas, com geração de tabelas e gráficos que podem ser impressos a partir da própria WEB ou exportados para Excel, Word ou mesmo PDF.
  • O sistema permite ainda que o próprio Avaliado seja um agente ativo durante a aplicação, convidando mais avaliadores, mandando lembretes e incentivando as pessoas a responderem sua avaliação!
  • O consultor tem acesso ao resultado de todos os avaliado, podendo imprimir os relatórios, analisá-los e marcar reuniões de “devolutivas”, ocasiões em que discutirá e orientará seus coachees nos principais pontos a serem melhorados, desenvolvendo um planejamento de ações em conjunto.
  • O sistema permite aplicar a mesma avaliação tempos depois, de forma a poder comparar os resultados “antes” e “depois”, fazendo um “pente fino” sobre competências e comportamentos que ainda precisam de aprimoramento.

Benefícios da Avaliação 360º  Graus para o Consultor de Coaching, na prática

Para fazer um resumo:

  • Você pode impactar de forma ainda mais significativa os resultados do seu trabalho com Coaching;
  • O uso do Sistema Coaching 360 é barato e permite que você venda a Avaliação com razoável margem de lucro;
  • Além de lucrar com o serviço da Avaliação, você amplia as horas de consultoria com devolutivas, alavancando ao máximo os seus serviços e de forma muito rápida;
  • Você tem fortes indicadores e elementos para montar um plano de ação consistente, num processo estruturado, orientado por resultados e que vai contar com sua supervisão e orientação de tempos em tempos. Analisando desafios de negócios, esclarecendo problemas, revisitando crenças limitantes e abrindo caminhos com um curso de ação muito convincente.
  • Você pode medir os avanços comportamentais refazendo a avaliação num novo ciclo, após algum tempo. Refinando o processo. Revendo necessidades mais importantes nesse “novo” momento. Redefinindo ou reafirmando os objetivos mais importantes. Traçando novas metas e formas de contornar obstáculos que impeçam que seus clientes alcancem seus objetivos.

Benefícios da Avaliação 360º  Graus para os Avaliados

Ainda que toda avaliação de comportamentos apresente subjetividade, estando sujeita a crenças, cultura e conhecimento dos avaliadores, a aplicação da mesma em em grupo de 10 a 15 pessoas conhecidas dá uma visão muito razoável da percepção que eles têm sobre o seu Coachee. Exemplo de comportamentos que podem ser investigados, trazendo “insights” valiosos:

  • Assume riscos razoáveis ​​para melhorar a empresa?
  • Examina situações de diferentes pontos de vista, para obter perspectivas?
  • Cria para os colaboradores situações de aprendizagem desafiadoras, especificamente para desenvolver habilidades e melhorar resultados “bottom line”?;
  • Cria e desenvolve confiança com os colaboradores?
  • Comunica-se aberta e honestamente?
  • Exibe confiança ao apresentar idéias ou expressar opiniões aos outros?
  • Sabe escutar os outros para entender suas necessidades e preocupações?
  • Toma decisões que podem ser impopulares se for do interesse do cliente?
  • Pensa no crescimento da empresa e explora novas ideias para o desenvolvimento organizacional?
  • Procura em novas formas de obter vantagem competitiva sem abrir mão das “boas práticas”?
  • Demonstra competência e credibilidade em sua área de especialização?
  • Atrai e retém os melhores talentos?
  • Lidera com um estilo de liderança autêntico?

“Insights” com base nas respostas a essas perguntas permitem, por exemplo:

  • Beneficiar o avaliado, suas equipes e sua organização de forma praticamente imediata;
  • Deixar de planejar mudanças com base no instinto ou no “achômetro”, aumentando o grau de autoconhecimento, o que é especialmente importante quando se trata de liderança. Liderar pessoas requer um equilíbrio cuidadoso de prioridades concorrentes. Muitos líderes com boas intenções cometem erros porque fazem melhorias contínuas na direção errada;
  • Dar mais foco em processos: “como” as coisas são feitas em oposição ao “o que” é feito. Fazer as coisas da maneira correta, mesmo que isso possa falhar é melhor que simplesmente fazer. Ao se concentrar nos processos, a pessoa está se dando a melhor chance de criar o resultado desejado. E há o bônus adicional de repetibilidade e previsibilidade.
  • Promover o diálogo: comparando a autoavaliação com os diferentes tipos de avaliador, é possível melhorar (e muito) os processos de feedback. Tornando-os mais significativos e objetivos. O diálogo é sempre o primeiro passo para sair da “intenção” ou “desejo” e conseguir melhorias junto a pares, subordinados, clientes e fornecedores – e mesmo o gestor.
  • Melhorar as relações no ambiente de trabalho: os relacionamentos passam a ter mais reciprocidade (trocas de informação mutuamente benéficas). Os processos de feedback deixam de ser unilaterais,, quando existem, ou passam a existir, quando não existem.
  • Criar um ambiente que encoraja o desenvolvimento pessoal. É que permite coordenadores tornarem-se gerentes eficazes, gerentes efetivos tornarem-se executivos efetivos e executivos efetivos tornarem-se membros efetivos do Conselho. O fato de oferecer mais oportunidades de desenvolvimento pessoal ajuda a manter os talentos da empresa. A avaliação 360 fornece muitos insumos para o desenvolvimento pessoal.
  • Melhorar o desempenho: o feedback de 360 graus é uma das ferramentas mais poderosas isso: melhora os relacionamentos, aumenta a responsabilidade e gera clareza sobre como melhorar o desempenho.
Chegou o Sistema Coaching 360 graus!

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Você, Coacher, agora pode aplicar Avaliações 360 graus para seus clientes, totalmente on-line.

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Novos desafios para o pessoal de negócios: CEOs e Empreendedores

Novos desafios para o pessoal de negócios: CEOs e Empreendedores

Nesta parte de desafios colocaremos mais pontos para reflexão e planejamento do que materiais com conteúdo técnico sobre nuvem propriamente dito.

A 18a pesquisa anual da PwC[1], entrevistou 1.322 CEOs em 77 países, entre Setembro e Dezembro de 2014, com o objetivo de entender melhor o que a atual aceleração digital representa para as empresas e qual o seu impacto.

De uma forma geral, CEOs já não questionam a necessidade de adotar mais ou novas tecnologias no cerne de seus negócios, a fim de criar valor para os clientes, mas 58% ainda veem o rápido ritmo das mudanças tecnológicas como o verdadeiro desafio.

Transformação digital é ao mesmo tempo um desafio e uma oportunidade. A digitalização diminuiu ou mesmo eliminou os limites rígidos entre indústrias, começando com os setores de mídia, produção de conteúdo e comunicações – e agora está se espalhando por toda parte. O mundo novo dos negócios digitais não tem limites pré-definidos, nem regras e nem limitações impostas ou baseadas no setor de atuação.

Transformação digital ocorre quando se usa tecnologia de forma inovadora, alterando processos e fazendo de forma diferente o que era feito. As empresas precisam antes abraçar a mudança e a inovação, além de tecnologias de computação em nuvem, para conseguirem se transformar digitalmente.

Para CEOs e empreendedores o maior desafio hoje é sem dúvida acompanhar (e entender) as sucessivas mudanças dos mercados, das tecnologias, dos clientes – e os impactos que isso traz para seu negócio.

Inovação hoje é a palavra que muda o jogo, criando um novo senso de urgência em tudo. As empresas precisam encarar essa questão, que traz disrupções de mercado e ameaça sua sobrevivência a curto ou médio prazos.

O epicentro desta mudança é a nuvem. A adoção de Cloud Computing é uma grande viabilizadora da aceleração do ritmo das mudanças e das inovações nos dois lados: para a empresa e para seus clientes.

Adoção de cloud computing e digitalização de processos sem inovar a forma como se trabalha e produz implica em transformação digital? Não necessariamente. A inovação sempre precede a transformação, qualquer que seja a sua natureza.

[1] PcW – USA – PwC Survey: CEOs Embrace Digital Transformation

 http://www.pwc.com/us/en/ceo-survey/technology-impact.html


 

Inovação é algo que toda empresa deseja, embora nem todas tenham um conceito claro do que seja. Uma das definições mais recentes e abrangentes: uma inovação é uma ideia nova, de alto impacto, que foi desenvolvida e trazida à vida em resposta a um desafio. Uma inovação pode ser para um produto, um serviço, uma tecnologia, uma comunicação, um método, uma aplicação: um jeito novo e melhor de se fazer alguma coisa.

Inovação também tem que ser algo real, concreto. Mesmo empresas tradicionais têm iniciativas de inovação porque sabem que seu futuro depende disso. O maior obstáculo ou dificuldade, na realidade, é criar uma cultura de inovação. Líderes corporativos deveriam gerenciar inovação como uma função “core” do negócio. Isto implica em adotar políticas e práticas que permitam cultivar a inovação.

O importante é estar atento, pelo menos, a práticas que podem engessar a empresa, reduzindo ou mesmo acabando com um ambiente propício à inovação

10 formas de matar (ou retardar) a inovação (mesmo que inconscientemente)[1]

Recusando-se a rever o negócio principal (“core”)

Há empresas que se recusam a considerar qualquer atividade que possa trazer disrupções no seu negócio estabelecido. Ignorando mudanças tecnológicas e sociais que poderão comer por fora sua atividade principal. É o medo de canibalizar as próprias vendas que acaba se transformando em um bloqueador da inovação. A ideia de virar a própria mesa pode não agradar, mas se a empresa não virar, alguém irá faze-lo.

A gigante do software SAP tem lidado com sucesso com esse dilema. A multinacional alemã investiu pesadamente para alavancar uma estratégia de cloud – às custas de seus negócios principais de software básico. O movimento está valendo a pena, pelo menos em termos de crescimento, com receitas provenientes de assinaturas em nuvem e suporte: as receitas cresceram 129 % durante o primeiro trimestre de 2015, em comparação com 16 % de crescimento padrão na receita de licenciamento de software e suporte comercializados de modo tradicional.

Grandes empresas muitas vezes se fixam na ideia (perigosa) de que elas produzem um certo tipo de bem ou serviço e, por isso, se sentem incapazes de aceitar que, em um ambiente em mudança, é preciso mudar seu negócio e fazer alguma outra coisa. Um dos maiores problemas é que as empresas se especializam em suas indústrias e desdenham pedidos de clientes: “pode ser o caso do cliente estar nos pedindo para fazer isso, mas não é isso o que nós fazemos. “ Isso é extremamente perigoso porque a tecnologia hoje está realmente destruindo as fronteiras entre setores.

As empresas podem ter de aceitar mudanças dramáticas no “core“ de seus negócios para evitar a perda de participação de mercado. Um exemplo é a indústria do tabaco que tem de atender à crescente demanda por cigarros eletrônicos.

Deixando de ser Avarento

As ideias precisam sair do papel. E, para isso, é necessário dinheiro para fazer as inovações acontecerem. A maioria das empresas tem um produto ou serviço que é sua vaca leiteira – e é desse fluxo de recursos que tem de sair o dinheiro para financiar novos conceitos. Se a empresa quer que sua área de TI que possa inovar, deve prover algum dinheiro para novos experimentos. Essa não é a realidade em muitas empresas, que tem um orçamento praticamente igual a zero para gastos com pesquisa e desenvolvimento (RD). Ou então os valores orçados para isso acabam sendo comidos por outras atividades mais urgentes ao longo do ano, inviabilizando na prática a pesquisa e o desenvolvimento.

Um fato comum é que as empresas em geral superestimam o custo da experimentação, baseadas em modelos de desenvolvimento do passado. Com os recursos de nuvem existentes, pagos na base pay-per-use (sob demanda), é possível fazer dezenas de experimentos usando um ou múltiplos servidores, armazenando dados de qualquer dimensão – tudo em bases absolutamente temporárias. Hoje é preciso muito menos capital para testar, com vigor, novas ideias. Não há motivos, portanto, para não reservar e usar seriamente verbas para pesquisa e desenvolvimento. Ainda que não seja muita.

Falta de visão de helicóptero (ou de tempo para tê-la)

O foco da empresa tende a se concentrar demais em resultados de curto prazo – e isso pode comprometer o aproveitamento de oportunidades para a empresa inovar. A batalha diária para apagar incêndios, garantir que as receitas e os lucros estejam em linha com as previsões, manter a confiança dos acionistas – tudo isso acaba minando a atenção dos gestores. Afinal, a tarefa principal é manter tudo rodando – conseguindo manter os níveis de serviço ano após ano (o que não deixa de ser um milagre num mundo em que tudo muda).

Os gestores de TI acabam se concentrando na gestão de uma verdadeira máquina que está executando tarefas incrivelmente duras todos os dias, apenas para manter as coisas funcionando. Essa necessidade acaba gerando uma mentalidade operacional que tende a reduzir e a repelir quaisquer mudanças que não têm de acontecer de fato.

Isso acaba virando um problema para os inovadores, que estão tentando mudar as coisas, pois essa máquina corporativa acaba bloqueando e nivelando tudo por baixo, tanto quanto possível. O perigo é acabar criando uma cultura onde as inovações que a empresa faz acabam sendo feitas fora da mesa, sem a participação da área de TI, em investimentos ocultos que são absorvidos por orçamentos de marketing e mesmo finanças.

As lideranças de TI têm que fazer um esforço para não embarcarem nessa rotina, passando também a olhar os negócios sob uma outra perspectiva – e assumindo o gerenciamento e a coordenação dos processos de mudança.

Ouvir seus clientes, em vez de somente aprender com eles

Steve Jobs, fundador da Apple, uma vez disse a famosa frase de que as pessoas não sabem o que querem até você mostrar para elas. Clayton Christensen, da Harvard Business School, cunhou a frase “inovação disruptiva” e concorda com Jobs, dizendo que os clientes muitas vezes não são capazes de visualizar como um produto ou serviço pode melhor atendê-los.

Falando com pesquisadores da Economist Intelligence Unit, Christensen disse que para as inovações que importam, os clientes não são muito articulados para dizer como as coisas precisam ser. Em vez de ficar perguntando aos clientes o que eles querem, Christensen sugere examinar cuidadosamente os seus hábitos para saber o que eles querem fazer em suas vidas e, em seguida, criar um produto ou serviço que os atenda. É importante para as empresas verificar se elas não estão esquecendo de ver o efetivo comportamento dos clientes – e não se concentrando somente em dados sobre suas necessidades e frustrações atuais.

Desconsiderar fracassos anteriores

Apenas porque uma ideia caiu e queimou anteriormente, isso não significa que ela não poderia ter sucesso agora. Desde que a ideia original foi sugerida, as tecnologias podem ter amadurecido a ponto de se tornaram mais fáceis de usar e serem adotadas mais amplamente – além de estarem economicamente mais acessíveis.

É normal as ideias irem e voltarem novamente. A ideia de banco on-line usando telefones com suporte WAP, no início de 2000, foi um fracasso tão grande que fez os bancos demorarem muitos anos para adotar o mobile banking – o que só ocorreu bem recentemente.

As ideias, quando voltam, também não são exatamente as mesmas. WAP apostando contra APPs bancários não é exatamente a mesma coisa. Tecnologias e culturas mudam. O problema para as empresas é que, uma vez que uma ideia tenha sido rejeitada no passado por um participante da equipe sênior, ela nunca mais venha à tona novamente.

Rejeições “tapinha nas costas”

Os gestores costumam pensar que é melhor sugerir que a ideia de um colaborador poderá ser testada em uma data posterior… ao invés de rejeitar uma ideia nova sem rodeios. O fato é que, se não existe a intenção sincera de futuramente reavaliar a ideia – e a desculpa da revisão futura é só para fazer o colaborador se sentir bem – o tiro pode sair pela culatra.

O que acaba acontecendo com essa postura gentil dos gestores é que as pessoas acabam percebendo que não há de fato abertura para novas ideias e, ou para não se desmotivarem ou não se desgastarem – simplesmente deixam de expor suas ideias e sugestões.

Pode ocorrer que a ideia apresentada seja plausível e não haver verba para seu teste ou implementação. Nestes casos o gestor deve apresentar barreiras concretas e acenar com uma programação de testes na primeira data em que houver orçamento disponível. O que não pode transparecer é que há um ambiente de enrolação, onde novas ideias são rejeitadas (no presente) porque são e transferidas para um futuro incerto que, na prática, todos sabem que não ocorrerá.

Confusão entre novas tecnologias e inovação

É um erro pensar que o caminho para a inovação reside na implementação do mais recente pacote big data analytics ou a compra de uma impressora 3D.

Tecnologia pode ser um insumo necessário para realizar inovações, mas não vem em primeiro lugar. Inovação é fazer coisas novas de novas maneiras para os clientes, o que pode ou não envolver novas tecnologias.

Comprar, demonstrar novas tecnologias, é algo muito aquém de inovar. Muita área de TI não se apercebe disso. O trabalho nobre, em TI, hoje passa pelo pensar sobre os problemas-chave do negócio: o que pode ser feito de novo, de diferente ou melhor do que poderia ter sido feito há cinco anos. Parte da inovação é tecnologia, sim, e provavelmente tecnologia consagrada, madura. Criatividade empresarial, porém, continua sendo o maior componente da inovação.

Não querer nunca ser o primeiro

As primeiras empresas a comercializar um produto ou serviço enfrentam um risco significativo – mas ser um seguidor carrega seus próprios perigos. Há um paradoxo aqui. Se a empresa decide que não vai nem tentar liderar, ela pode se tornar muito lenta e perder capacidade para competir, mesmo que seja em segundo ou terceiro lugar.

Tentar ser um seguidor hoje, deixando as inovações para depois,  é muito mais complicado que no passado, em função das mudanças rápidas. Há menos tempo para capitalizar novos mercados. Os ciclos de tempo para inovações estão cada vez mais curtos. Principalmente porque o comportamento do comprador está mudando o tempo todo.

Silos de inovação

Pesquisa e desenvolvimento tipicamente requer profundos conhecimentos de assuntos específicos, sendo necessário que diferentes equipes de pesquisa colaborem entre si.

Dividir as equipes de pesquisa em unidades isoladas, altamente especializadas, irá limitar a capacidade da empresa identificar quais áreas de pesquisa são complementares umas às outras e poderiam ser combinadas para criar novos produtos e serviços.

Um exemplo é o fabricante trens Bombardier. A empresa tinha muitos engenheiros atuando como especialistas em desenvolvimento de diferentes partes de um trem. Os engenheiros trabalhavam isoladamente. O CEO da empresa fez um desafio: desenvolver um trem que praticamente não precisasse de manutenção. O ponto que ele estava tentando atingir não era incremental, nas diferentes áreas de pesquisa. Ele queria que surgissem novas coisas através da colaboração, instigada por desafios particulares de cada área. Como resultado dezenas de inovações emergiram. Nesse sentido, é importante formalizar a colaboração entre as equipes de pesquisa através da implementação de um processo de gestão da inovação.

Aversão a riscos

Ainda que a aversão a riscos possa ser uma abordagem sensata, ela não pode ser uma postura padrão dos negócios.

Empresas que sempre fazem negócios da forma mais tradicional possível – evitando todo e qualquer tipo de risco – perdem a oportunidade e a vontade de adotar inovações disruptivas, principalmente por não serem “oportunidades economicamente comprovadas“.

Na era industrial isto seria considerado a virtude da prudência. Nas condições de hoje, em que os mercados são hiper voláteis, essa mesma postura leva ao risco de miopia institucional.

Há perigos em ficar parado apostando nos principais produtos e serviços oferecidos ao mercado. Principalmente se considerarmos que a vida média de uma empresa, na década de 1950, era de 75 anos – contra 15 anos de hoje em dia.

Startups vão fazer uma série de coisas que empresas consolidadas não estão dispostas a fazer. Muitas vezes essas técnicas e abordagens de mercado não são tão perigosas… elas simplesmente não se encaixam com a cultura de fica agarrado à imediata geração de caixa que as grandes empresas gostam de ter.

[1] Ten ways businesses can kill innovation

http://www.zdnet.com/article/ten-ways-businesses-kill-innovation/


 

Tudo o que você precisa saber sobre Computação em Nuvem nos seus negócios!

Computação em Nuvem para Gestores e Empreendedores

Computação em Nuvem para Gestores e Empreendedores

Novos Desafios Para O Pessoal De Tecnologia De Informação

Novos Desafios Para O Pessoal De Tecnologia De Informação

Não adianta querer “tapar o sol com a peneira”, diz o dito popular. E não adianta querer desprezar que a digitalização está transformando todos os tipos de empresa – inclusive a sua.

Como CIO você tem 2 opções: continuar fazendo de conta que afinal, as coisas não têm mudado tanto assim – e continuar defendo sua área como ela é, ou assumir uma nova postura, analisando de fato as oportunidades que digitalização está trazendo e se preparando para mudanças organizacionais significativas.

No caso de Computação em Nuvem, não é suficiente assumir que “sim, é possível fazer projetos na nuvem”. Você sabe que o fato de admitir está bem longe do fato de efetivamente adotar soluções novas.

Tecnologias de negócios digitais são operações de negócios disruptivas, que mudam os negócios de formas que não foram anteriormente previstas. Os líderes de TI devem atuar como agentes de mudança, adaptando o seu pensamento, os seus métodos e as suas tecnologias de apoio para dar suporte às mudanças, de forma fluida. E tem que se converter em defensores da tecnologia digital.

transforme sua forma de pensarA questão maior, como já foi colocado em capítulos anteriores, é se seus concorrentes já estão adotando novas soluções, mais abrangentes, mais econômicas. E se a liderança de TI na sua empresa, por ter uma postura mais conservadora, que quer proteger a empresa e minimizar os riscos, está gerando um efeito oposto, deixando-a cada dia mais ameaçada.

O pessoal de TI que busca entender e conhecer como aplicar tecnologias para adicionar valor ao negócio da empresa é provavelmente o pessoal que vai sobreviver nos próximos anos, ou seja, continuará trabalhando nela.

O pessoal de “staff” contará essencialmente com pessoas mais especializadas em Processos de Negócios e que trabalhem continuamente para adicionar valor aos produtos da empresa. Por outro lado, a administração de dos provedores de serviços de computação em nuvem também requerem um elevado grau de conhecimento e experiência para saber aproveitar de maneira eficaz tudo o que é oferecido: essas pessoas serão muito valiosas para as áreas de TI. Já as pessoas de TI focalizadas essencialmente em construir e operar data centers normalmente não acompanharam todas as mudanças ocorridas nos últimos anos e – gradativamente – perderão seu valor de mercado.

Com a adoção de Cloud Computing, as pessoas de maior valor serão aquelas que ou são altamente especializadas e focalizadas em processos de negócio ou altamente especializadas nas novas tecnologias de TI. Se você está no time daqueles que dizem “nós sempre fizemos as coisas desse jeito por aqui” é bom tomar cuidado: mais do que nunca as empresas precisam de respostas ágeis em seus mercados e o que se fazia no passado – com sucesso – não é mais garantia de sucesso no futuro.

A profissão de TI como a conhecemos há décadas está morrendo.

 


O que os profissionais de TI não devem esquecer

  • A necessária Agilidade nos negócios implica em Agilidade na área de TI;
  • Computação em nuvem não é somente uma tecnologia: é parte de uma estratégia de negócios com uma arquitetura que tenha maior capacidade de respostas às mudanças de mercado;
  • Com a adoção de Computação em Nuvem, a área de TI pode ser focalizada para entregar vantagem competitiva de forma mais concentrada, mais do nunca foi possível.

Segundo o Gartner[1], 2014 foi o ano que marcou efetivamente a entrada dos negócios numa nova era, a era de negócios baseados em tecnologia digital. Diversas empresas estão transformando a si mesmas através de novas tecnologias digitais. E prevê que para a próxima década teremos profundas inovações causadas pela tecnologia digital que estarão presentes nas empresas líderes de mercado.

Informação e tecnologia começaram a ter um papel diferente para os negócios, que estarão menos centrados em eficiência e eficácia de processos internos e mais centradas em criar e operar novos produtos e serviços, baseados em novos modelos de negócio, que serão disruptivos, criando novas vantagens competitivas. Não se tratam mais de inovações sustentadoras pelo uso de tecnologias que simplesmente tornam um produto ou serviço um pouco melhor. São novas formas de uso, produtos e serviços com atributos e funcionalidades diferentes.

funcionalidades diferentes

wazeUm exemplo típico é o serviço Waze, para mobiles. Essencialmente é o Google Maps (que surgiu muito antes), mas oferece serviços muito mais inteligentes e que apoiam a vida das pessoas nas suas locomoções, indicando caminhos mais rápidos ou mais baratos, conforme o gosto do usuário. E tendo um conceito social, de “wazers”, usuários do sistema que ajudam a produzir informações como radares, polícia e problemas nas rodovias nas proximidades. O Google compareceu e pagou US$1.3 bilhões para ter o que já tinha, mas não sabia como gerar valor aos usuários em mobile. Você pode argumentar que esse é um serviço grátis, não pago, não gera receita, não é negócio. Em termos, é verdade: no ciclo da digitalização (figura acima), agora está na hora de monetizar a aplicação.

Nesta era de digitalização, a monetização não necessariamente vem da entrega do produto ou serviço que você produz. Você não vende a aplicação, mas a aplicação gera informações que você pode vender. Por exemplo, o Waze nos USA coloca propagandas de marcas como “Wells Fargo” e “Dunkin´ Donuts” nos mapas de navegação. Marcas como essa tem experimentado um aumento médio de 53% nas visitas aos seus pontos de venda[2]. O usuário é gerador de informações que são vendidas. O usuário é, nesse sentido, um dos componentes de matéria-prima do produto que é efetivamente vendido. Isso seria inimaginável há alguns anos atrás.

Os dados fornecidos por mais de 50 milhões de usuários (outubro de 2014) permitem gerar informações valiosas que são comercializadas para outras empresas, que fazem anúncios de vários tipos: “Branded Pin” (mostrado na imagem anterior), Zero-Speed Takeover (nos locais onde você para) e “Nearby Arrow” (próximos aos locais onde para ou está engarrafado no trânsito). Seu benefício: em média economizar 5 minutos do seu tempo, por dia. Os usuários economizam 250 milhões de minutos por dia (isso mesmo, 5 séculos por dia).

[1] Artigo Gartner: Gartner Says Cloud Is a Viable Option, But Not a Top Consideration for Many CIOs

http://www.gartner.com/newsroom/id/3002717

[2] Brands on Waze see average 53pc increase in traffic to locations http://www.mobilemarketer.com/cms/news/advertising/20085.html


 

Tecnologias de Negócios Digitais estão mudando a natureza da mudança

Os líderes de TI têm sido desafiados a manterem-se em dia com as mudanças que ocorrem nos seus negócios de suas empresas. Negócios digitais (ou a digitalização de negócios tradicionais, como os conhecemos, através de sua transformação “digital”) estão agravando e intensificando esta situação. Temos convivido com disrupções ocasionais ao longo de décadas em tudo, desde a forma como colaboramos, até a forma como os produtos e serviços são entregues, para os mercados dos quais dependemos. No entanto, a ruptura causada pelos negócios digitais tornou-se algo diferente: sem escalas, imprevisível e que, como praga, se espalha por toda parte.

A questão da liderança na era dos negócios digitais

A era dos negócios digitais desafia os líderes de TI a reverem seu papel e sua forma de agir. Melhorar o desempenho de TI de forma incremental não é uma condição suficiente para aproveitar as oportunidades digitais. É preciso virar a chave do velho para o novo, em termos de informação, liderança em tecnologia e liderança de pessoas.

As forças dos vetores de transformação (mobile, interação em redes sociais, tecnologia de nuvem, informação abundante, Internet das Coisas, maquinas pensantes, robótica…) estão presentes. Não são mais uma questão de futuro. A mudança do perfil de liderança passa também pela implantação de uma cultura de experimentação, que promova a inovação e a implantação de novas tecnologias.

O maior obstáculo para que isso ocorra é devido ao fato de que parte significativa dos CIOs está presa pensando no agora, ao invés de estar pensando no (segundo o Gartner[1], 84% por cento dos CIOs pesquisados ​​focado nos próximos três anos ou mais cedo).

Novas iniciativas na área de negócios digitais exigirão de TI talento, liderança e habilidades de integração. Líderes das áreas de infraestrutura e operações terão que encontrar formas de ajudar não apenas o CIO, mas toda a equipe de TI, gastando menos tempo nas tarefas de execução do negócio e mais tempo pesquisando oportunidades para crescer – idealmente, ajudando a literalmente transformar o negócio. Substituir “controle” por “visão”. Não é uma tarefa simples e nem fácil.

Por outro lado, os CIOs têm aí uma oportunidade única para desempenhar um papel de liderança digital forte na transformação de seus negócios.

É necessário empenho e foco do CIO, além do apoio do CEO e dos pares de todas as áreas.

Para aqueles que tiverem sucesso, o prêmio não poderia ser maior: participação e colaboração efetiva no processo decisório, aliadas a estabilidade no trabalho.

[1] “Flipping to Digital Leadership: The 2015 CIO Agenda”

Tudo o que você precisa saber sobre Computação em Nuvem nos seus negócios!

Computação em Nuvem para Gestores e Empreendedores

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